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Principais riscos de 2021: o que as organizações devem estar preparadas para enfrentar?

Tratar dos principais riscos de 2021 não é tarefa fácil, afinal, este parece ser o ano de todos os riscos. Empresas e países enfrentam ameaças orçamentárias, de segurança, saúde, política, tecnológica, ambientais, dentre outras. Para a economia mundial seguimos em alto risco, sendo que, conforme dizem especialistas, tudo depende da evolução da situação sanitária global.

Com o nível ainda elevado de incertezas e com muitas perguntas seguindo sem respostas, o que podemos esperar dos principais riscos de 2021? Confira algumas tendências a serem observadas pelas empresas:

Risco cibernético

Para John Mina, CEO da empresa de gestão de riscos Risk Strategies, um dos principais riscos de 2021 a se considerar é a possibilidade de uma ciberpandemia global que prejudique de alguma forma o uso da Internet (inclusive desligando-a). Como ele escreve em seu texto publicado na Risk Management “Risks to Watch in 2021” (Riscos a observar em 2021), essa ameaça se deve por dois fatores.

O primeiro é o aumento do número de trabalhadores remoto, uma consequência do Covid-19. Mais ataques ocorrerão em computadores domésticos e redes, pois cibercriminosos continuarão a tirar proveito de fragilidades de arquitetura de TI.

Existe ainda a questão de que, justamente por trabalharem remotamente, os colaboradores fazem mais e mais uso da computação em nuvem, o que chama a atenção dos cibercriminosos. “A pressa para tudo na nuvem causará muitas falhas de segurança, desafios, configurações incorretas e interrupções”, opina Dan Lohrmann, líder, tecnólogo, palestrante e autor internacionalmente reconhecido em segurança cibernética.

Já o segundo fator que reforça o perigo de uma ciberpandemia na visão de John Mina tem a ver com um mundo cada vez mais conectado a dispositivos de Internet das Coisas (IoT). No meio de tudo isso está nossa confiança nos dados e a comunicação que tornou-se essencialmente online.

De acordo com o que você deve imaginar e com o que alerta Mina: “uma grande interrupção levaria a perdas financeiras significativas e danos colaterais em termos de interrupção de negócios, danos à reputação, responsabilidades e maior escrutínio regulatório”.

Como na gestão de riscos é fundamental ser proativo, para proteger sua organização de um possível ataque cibernético será essencial realizar uma análise completa de planejamento de contingência e continuidade de negócios, infraestrutura, treinamento de funcionários e gerenciamento de crise pós-evento.

Em outros termos, é importante que a segurança de TI faça parte do plano de gestão de riscos da sua empresa. Por ser um assunto de extrema relevância, recomendamos também a leitura de dois outros artigos:

Mudanças climáticas

Dentre os principais riscos de 2021 elencados por Mira em seu artigo, o referente às mudanças climáticas já vem sendo discutido há um tempo por outros especialistas. De que maneira as empresas são afetadas?

Conforme esclarece uma publicação da Deloitte, além dos riscos físicos mais óbvios (tais quais eventos climáticos extremos, incêndios florestais, tempestades de ventos e escassez de abastecimento de água), as organizações ficam expostas aos riscos que surgem da resposta da sociedade às mudanças climáticas. Como exemplo estão “as mudanças em tecnologias, mercados e regulamentação que pode aumentar os custos dos negócios, prejudicar a viabilidade de produtos ou serviços existentes ou afetar os valores dos ativos”.

Em meio a ameaças, a Deloitte lembra que as mudanças climáticas também oferecem oportunidades de negócios. Para exemplificar, o texto diz que as empresas podem ter o objetivo de melhorar a produtividade dos recursos – aumentando a eficiência energética – e, desse modo, reduzindo os seus custos. Além disso, muitas inovações podem ser estimuladas pelas mudanças climáticas.

No que tange à proteção propriamente dita, John Mina sugere que as empresas repensem e redesenhem estruturas e métodos para mitigar perdas em eventos climáticos. A fim de implementar uma estratégia eficaz de gestão de riscos, nas palavras dele, organizações podem pensar em ações como: relocação de sistemas mecânicos, uso de espécies de plantas retardadoras de fogo em paisagismo e adoção de programas de manutenção eficazes.

Retenção de talentos

gestão de riscos 2021

Este é um risco operacional a ser observado. O trabalho remoto trouxe dois cenários. O primeiro é aquele em que uma pessoa não precisa mais sair de sua cidade para trabalhar em outro país, por exemplo. Pelo fato de muitas empresas passarem a adotar o home office, não existe mais limite geográfico para contratação. Isso significa que colaboradores podem enxergar nisso uma oportunidade.

O outro cenário é daqueles que gostariam de permanecer remotos mesmo quando tudo voltar ao normal, sugerindo que os melhores talentos podem exigir a opção de trabalho em regime home office. Segundo lembra este artigo da Forbes: “se eles não entenderem – ou se não gostarem de como sua configuração de trabalho remota foi projetada – você poderá enfrentar um êxodo de sua melhor equipe”.

Há também aqueles colaboradores que preferem trabalhar dentro da empresa, o que só será um problema caso a organização opte pelo teletrabalho. Para administrar o risco de perder seus talentos, converse com seu time e veja o que sua organização pode fazer para atender às necessidades das equipes ao mesmo tempo respeitando as normas de segurança sanitárias.

Confira aqui algumas práticas para retenção de talentos.

Aceleração digital

A adoção de novas tecnologias em 2020 continuará a crescer em 2021. Basta vermos que muitas empresas que não investiam no ambiente digital antes da pandemia passaram a fazê-lo por necessidade. Restaurantes e lojas tiveram que inovar para continuar vendendo com pessoas sem poderem sair de casa ou desejando evitar aglomeração.

O resultado disso foi uma aceleração digital que trouxe uma conectividade maior. À exemplo do que comentamos sobre os riscos cibernéticos, os riscos desse amento na conectividade estão relacionados também aos ataques de hackers.

De modo a terem uma proteção, John Mina acredita que empresas em todo o mundo terão que equilibrar a busca pela inovação tecnológica com os desafios de segurança, integridade e resiliência. Adicionalmente, é fundamental que as organizações permaneçam atualizadas nas tecnologias de suas indústrias e acompanhem a evolução. Do contrário, ficarão para trás.

Sobre o tema, aproveite e leia também: Como o líder deve agir na transformação digital?

O que você tem a dizer sobre os principais riscos de 2021?

Para encerrar, queremos pedir sua opinião. Neste artigo elencamos algumas tendências a serem observadas pelas organizações de todos os tamanhos e segmentos. O que você acrescentaria à lista de principais riscos de 2021?

Já que a gestão de riscos tem a ver com resiliência, para que possa seguir no tema recomendamos a leitura do artigo: Governança, gestão de riscos, resiliência e cibersegurança – os pilares do pós-pandemia.

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Créditos imagem principal: Unsplash por ThisisEngineering RAEng.

Créditos imagem texto: Unsplash por Maxime.

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Patricia C. Cucchiarato Sibinelli
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